domingo, 15 de maio de 2011

Post de Iukary Takename
Um estudo publicado em Dezembro de 2010, no Jornal Blood, da Sociedade Americana de Hematologia, demonstrou que o vírus HIV se tornou indetectável em um paciente soropositivo com leucemia depois de um transplante de médula óssea realizado em um hospital de Berlim.
O estudo intitulado: “Evidence for the cure of HIV infection by CCR5Δ32/Δ32 stem cell transplantation” relatou o caso de um paciente HIV-negativo em que a replicação viral, permaneceu ausente mesmo após a descontinuação com a terapia anti-retroviral (ART), após transplante com células tronco CCR5Δ32/Δ32. A entrada do vírus HIV nas células CD4+ requer interação com o receptor celular CCR5 ou CXCR4. O respectivo doador possuía um perfil genético incomum: uma mutação genética no receptor CCR5 das células CD4+. Essa mutação, conhecida como CCR5 delta 32 homozigosidade, está presente em menos de 1% dos caucasianos no norte e no oeste da Europa, e está associado a um risco reduzido de tornar-se infectado com HIV. A presença de RNA e DNA do HIV foi analisado em distintos compartimentos de tecido com mais de 45 meses a contar do transplante. Seqüências virais não foram detectadas em nenhuma das amostras testadas
Após o transplante, os resultados demonstraram uma reconstituição bem-sucedida dos linfócitos CD4+ a nível sistêmico, bem como no sistema imunológico da mucosa do intestino, indicando que o tamanho do reservatório viral foi reduzido ao longo do tempo. Além disso, o paciente permanece sem qualquer evidência de infecção pelo HIV há mais de 3,5 anos após a interrupção da ART. A partir desses resultados, é razoável concluir que a cura da infecção pelo HIV foi alcançada neste paciente.




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