sexta-feira, 20 de maio de 2011

311.000.000 imposto de Janeiro a Abril de 2011


Esse valor assustador foi o que o governo arrecadou de impostos nos 3 primeiros meses. Insuportável é saber que pouco retorna em serviços para a população.


Brasileiro paga mais impostos no ano e arrecadação bate recorde: R$ 311 bilhões
Contribuições cresceram 11,5% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado
Mariana Londres


O brasileiro pagou mais impostos em 2011 do que em qualquer outro ano. Considerando os quatro primeiros meses, foram R$ 311,349 bilhões mordidos pelo fisco dos consumidores e empresas. Segundo balanço da Receita Federal divulgado nesta quinta-feira (19), o número é 11,5% maior do que o visto no período de janeiro a abril do ano passado.

O motivo do aumento do pagamento de impostos é o aquecimento da economia brasileira. Com a economia crescendo há mais empregos, mais renda, mais consumo e mais produção, e com isso todos pagam mais impostos, mesmo que não haja criação de novos tributos.

Considerando somente os dados de abril, a arrecadação de impostos e contribuições administradas pelo governo federal também foi recorde. Foram parar nos cofres do governo nada menos do que R$ 85,15 bilhões, alta de 12,1% em relação a abril do ano passado, descontando os efeitos da inflação. O recorde histórico é de dezembro do ano passado, quando a arrecadação bateu R$ 94 bilhões.

O resultado da arrecadação do governo, seja quando ela aumenta ou diminui, tem um impacto indireto no bolso dos brasileiros.

O crescimento da arrecadação pode levar o governo a fazer mais investimentos no setor público, como a contratação de servidores ou mesmo por meio de aumento nos salários dos servidores, o que deveria resultar na melhora dos serviços oferecidos à população – o que nem sempre acontece.

O aumento na arrecadação significa também que os brasileiros pagaram mais impostos, porque as empresas geraram mais emprego, aumentando a contribuição, porque as pessoas consumiram mais produtos – sobre os quais a carga tributária é intensa – ou mesmo em razão da criação de novos tributos.

Já quando a arrecadação do governo cai, a tendência é que ocorra um corte de gastos. Entretanto, o setor público não tem como reduzir suas despesas imediatamente, porque não dá para cortar funcionalismo, deixar de pagar Previdência e interromper investimentos em andamento. O governo não vai parar uma obra no meio. Portanto, a tendência é ele pegar dinheiro emprestado no mercado ou lançar medidas para aumentar a arrecadação.

Entretanto, se a queda na arrecadação persiste por um longo período, o governo pode reduzir seus planos de investimentos futuros, o que pode ter efeitos nos diversos setores, como infraestrutura, educação e saúde.

Janeiro a abril

Segundo a Receita, o bom desempenho dos principais indicadores macroeconômicos contribuiu para o resultado da arrecadação de impostos entre janeiro e abril. A produção industrial, a venda de bens e a massa salarial impulsionaram a arrecadação de IPI (Imposto sob produtos industrializados), PIS/Cofins, da contribuição previdenciária e do Imposto de Renda retido na fonte.

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No acumulado de janeiro a março o volume de vendas no comércio cresceu 11,08%, com destaque para os setores de móveis e eletrodomésticos (alta de 16,8%) e equipamentos e material para escritório (alta de 13,9%) – de acordo com dados do IBGE.
Além disso, no período a massa salarial cresceu 15,27% na comparação com o mesmo período de 2010. Contribuiu ainda para a aumento da arrecadação o fim da isenção do IPI incidente sobre automóveis, que teve impacto na arrecadação deste ano.

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