sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Le Monde comenta a posse de Dilma Roussef

















Un ouvrier, une femme. Pour la deuxième fois, la démocratie brésilienne, naguère violentée, aujourd'hui vibrante, innove avec bonheur. Samedi 1erjanvier, l'ancien "métallo" Luiz Inacio Lula da Silva cédera son fauteuil à sa dauphine, Dilma Rousseff, l'ex-guérillera, devenue économiste et technocrate, élue il y a deux mois première femme présidente du Brésil.

"Dilma", comme chacun l'appelle, accède à la fonction suprême dans un contexte bien plus enviable que celui de 2002. Nul besoin, comme alors, de rassurer les milieux d'affaires qu'effrayait encore, malgré ses promesses apaisantes, le syndicaliste barbu. Grâce au pragmatisme de Lula, jamais démenti en huit ans, les capitaux affluent désormais à la Bourse de SaoPaulo, pour s'investir ou spéculer.

La nouvelle présidente bénéficie de l'héritage de son prédécesseur. Une démocratie consolidée, délivrée de l'inflation, à la richesse décuplée par l'envol du cours des matières premières. Croissance, emploi, consommation, monnaie : les grands indicateurs du Brésil sont au vert. Avec, en prime, un fabuleux trésor pétrolier qui dort au large de ses côtes.

Au réalisme économique s'ajoute une relative audace sociale. Grâce au dynamisme ambiant et à une gamme d'aides familiales, quinze millions de Brésiliens ont, depuis huit ans, échappé au chômage, intégré l'économie formelle et cessé d'être pauvres ou très pauvres. Ils ont rejoint l'armée grandissante des classes moyennes, avides de posséder, de consommer et de mieux vivre.

Comme toute entreprise inachevée, celle de Lula comporte sa part d'ombre, où Dilma Rousseff affrontera ses plus grands défis. L'enseignement reste médiocre et inégalitaire. Le système de santé fonctionne à deux vitesses. La violence et l'insécurité gangrènent les métropoles. La corruption et le népotisme rongent la vie publique dans un pays où la politique est souvent perçue comme un simple moyen de s'enrichir. Les infrastructures exigent d'être rapidement développées pour relever notamment le défi du Mondial de football (2014) et des Jeux olympiques (2016).

Lula lègue à la nouvelle présidente un pays écouté et respecté dans l'arène internationale. Le Brésil y est devenu un acteur majeur qui s'attire beaucoup de louanges et déjà quelques reproches, par exemple à propos de son rapprochement avec le régime de Téhéran. Dans ce domaine, "Dilma" a commencé à faire entendre sa différence en exprimant avec force son souci des droits humains, en particulier ceux des femmes, en Iran et ailleurs.

Mme Rousseff doit son glorieux destin au soutien inflexible de son mentor, dont elle ne possède ni le charisme ni les dons de tribun, il est vrai hors de pair. Elle aura sans doute à coeur de s'émanciper peu à peu de cette tutelle bienveillante. Professeur d'optimisme, Lula a dopé le moral de la nation. Cette confiance collective profite à sa protégée. Plus de quatre Brésiliens sur cinq prédisent qu'elle gouvernera aussi bien, voire mieux, que le président le plus populaire de l'histoire du Brésil. A elle de ne pas les décevoir.

TRADUÇAO

Um trabalhador, uma mulher. Pela segunda vez, a democracia brasileira, uma vez violentada, hoje vibrante, inova com a felicidade. Sábado 1 de janeiro, o antigo "metalurgico" Luiz Inácio Lula da Silva vai render seu assento a seu sucessor, Dilma Rousseff, ex-guerrilheira, tornou-se uma economista e tecnocrata, eleita há dois meses, será a primeira mulher presidente do Brasil.


"Dilma," como todos o chamam, ocupará o cargo mais alto em muito mais invejável que a de 2002. Não há necessidade, como foi que para tranqüilizar a comunidade empresarial assustada, apesar das promessas do sindicalista barbudo. Graças ao pragmatismo de Lula, infalível em oito anos, o capital está fluindo agora em São Paulo Stock Exchange, para investir ou especular.

O novo presidente conta com o legado de seu antecessor. Uma democracia consolidada, livre da inflação, a riqueza aumentada pelo aumento dos preços das commodities (soja,petroleo,carne etc). Crescimento, emprego, consumo, moeda: os principais indicadores do Brasil é verde. Com a vantagem adicional de um fabuloso tesouro que dorme de petróleo ao largo da costa.

Além disso, o realismo econômico ousadia relação social. Graças a uma dinâmica envolvente e uma série de tarefas domésticas, quinze milhões de brasileiros escapou do desemprego, integrados na economia formal deixaram de ser pobres ou muito pobres. Eles se juntaram ao exército crescente de classes médias, ávidos de possuir, consumir e viver melhor.

Como em qualquer negócio inacabado, Lula deixou seu lado escuro, onde Dilma Rousseff vai enfrentar seus maiores desafios. Educação continua pobre e desigual. O sistema de saúde funciona ainda precario. Violência e insegurança nas metrópoles. Corrupção e nepotismo na vida pública corroer um país onde a política é muitas vezes visto apenas como um meio de se enriquecer. Infra-estrutura necessária precisa ser desenvolvida rapidamente para enfrentar o desafio especial da Copa do Mundo (2014) e olímpico (2016).

Lula deixa para novo presidente do país que é ouvido e respeitado na arena internacional. Brasil está se tornando um grande país que recebe um monte de elogios e algumas críticas já, por exemplo, sobre sua aproximação com o regime de Teerã. Neste domínio, "Dilma" começará a ser ouvida e expressar suas diferenças com a força de sua preocupação com os direitos humanos, especialmente os das mulheres.

Dilma deve o seu destino glorioso inabalável apoio de seu mentor, que ela não tem nem o carisma nem os dons da tribuna, de fato inigualável. Ela, sem dúvida, esta disposta a libertar-se gradualmente desta tutela benevolente.

Professor de otimismo, Lula impulsionou a moral da nação. Essa confiança coletiva beneficia sua protegida. Mais do que quatro em cada cinco brasileiros prevêem que ela irá governar tão bem ou melhor do que, o presidente mais popular da história do Brasil.

Ela não irá decepcioná-los

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