Acusada de plágio, ministra alemã diz que não renuncia
Reprodução/AFP
Annette Schavan, ministra da Educação da Alemanha, pode ter cassado seu diploma de doutorado
A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, disse, nesta quarta-feira, que não renunciará após ter sido acusada pela Universidade de Dusseldorf, no oeste do país, de plagiar sua tese de doutorado. Ela deverá devolver o título, se considerada culpada pela Justiça.
Schavan é uma das ministras mais próximas da chanceler Angela Merkel e a acusação poderá ser um golpe ao atual governo, prejudicado pelo desgaste da crise econômica e por outros escândalos políticos. A próxima eleição deverá acontecer em setembro e a coalizão de Merkel entra em desvantagem na disputa.
A cassação do diploma foi aprovada pelo Conselho Universitário da instituição. O comitê da universidade concluiu que a ministra usou "um número substancial de citações sem crédito de outros textos" em sua tese de doutorado, concluída há 33 anos.
Quando as acusações vieram a público, há alguns meses, a ministra da Educação negou ter usado fontes falsas deliberadamente. Em entrevista durante visita à África do Sul, ela disse que não aceitará a decisão e tentará recorrer na Justiça. Merkel deu todo apoio a Schavan, mas a chanceler recebe a pressão da oposição e da maioria da imprensa. O caso foi descoberto após um blog alemão publicar uma reportagem em maio.
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