UFMG se torna centro de excelência com investimentos em pesquisa e inovação
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
Ancorada em cursos de graduação e pós-graduação bem avaliados, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se tornou um centro de excelência universitária com a realização de investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação.
Para alcançar os melhores postos de classificação em indicadores de qualidade, como o internacional QS (Quacquarelli Symonds) e o Enade (avaliação do ensino superior), a universidade investe fortemente também em parcerias, públicas e privadas.
Esse trabalho resulta, por exemplo, no número de patentes depositadas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), ficando atrás apenas da USP. Até 2012, eram 530 --sendo 75 no ano passado e outras 75 em 2011.
A universidade tem quase cem contratos de transferência de tecnologia assinados com empresas nacionais e internacionais.
"A Google está em BH porque foi transferido know-how da UFMG para ela", disse o reitor Clélio Campolina.
"Fazemos grande esforço de pesquisa, captando apoios de instituições de fomento: CNPq, Capes, Fapemig, Finep. Fazemos muitos contratos com empresas --como Petrobras, Cemig e Embraer. São pesquisas que estão sendo desenvolvidas dentro da UFMG", completou.
Novos passos estão sendo dados. O reitor cita a construção de um centro de transferência de tecnologia, que deverá estar concluído em 15 meses, além da criação de uma fundação de apoio e desenvolvimento à pesquisa.
A "Fundep S/A" dará mais autonomia gerencial e captará recursos com instituições de fomento. "BNDES, Finep, BDMG e Sebrae vão colocar recursos para a UFMG investir em empreendimentos de alta tecnologia", disse.
O investimento em infraestrutura é grande, segundo o reitor. A UFMG possui, por exemplo, um centro de microscopia eletrônico que virou referência nacional.
Para Campolina, todo esse investimento em pesquisa e tecnologia não teria sentido se não houvesse investimento nos alunos e professores.
"Depois da USP, a UFMG foi a universidade que mais mandou alunos de graduação para o exterior pelo Ciência sem Fronteira neste semestre: quase mil", disse.
Dos quase 3.000 professores, 85% têm doutorado. Na última avaliação da Capes, 25 de 58 programas de pós-graduação foram classificados no padrão de "excelência internacional" --atualmente são 62.
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