segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Como confiar em uma democracia se os poderes gastam verbas publicas como está abaixo

Senado gasta R$ 5 milhões com Sírio-Libanês em apenas seis meses

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GABRIELA GUERREIRO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

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Sob o comando de Renan Calheiros (PMDB-AL), o Senado gastou em seis meses 70% a mais com despesas médicas no Sírio-Libanês do que o total pago em 2012 para atender congressistas, dependentes, servidores e até ex-senadores e seus cônjuges no hospital paulista.
De fevereiro a julho deste ano --em janeiro, Renan ainda não era presidente da Casa--, foram pagos R$ 5,1 milhões ao Sírio-Libanês, enquanto no ano passado foram R$ 3 milhões, de acordo com o Portal de Transparência do próprio Senado.

O dinheiro foi gasto com serviços que incluem consultas, emergência e atendimento complementar a diagnósticos e tratamentos.
Em janeiro, Renan Calheiros não era presidente.

O Sírio-Libanês é o hospital preferido pela maioria dos políticos brasileiros para fazer desde checkups a tratamentos e cirurgias. O senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, foitransferido semana passada do Maranhão para o hospital paulista.
A fama do hospital atrai também parentes dos congressistas e ex-senadores que têm direito ao plano de saúde da Casa --desde que tenham exercido o mandato por pelo menos seis meses. Todos têm as consultas, exames e procedimentos integralmente custeados pelo Senado, sem o pagamento de nenhuma contrapartida.
O Sírio é um dos hospitais credenciados pelo plano de saúde do Senado, o SIS (Sistema Integrado de Saúde). Os gastos no hospital incluem o pagamento de honorários a médicos que se tornaram famosos pelo tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Zanone Fraissat-12.nov.10/Folhapress
Fachada do hospital Sírio-Libanês na capital paulista

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