domingo, 31 de julho de 2011

Novas especilidades médicas


Medicinas da dor, do sono, tropical e paliativa se tornam especialidades
Conselho Federal de Medicina publica amanhã no 'Diário Oficial' uma resolução em que reconhece as quatro novas áreas como especialidades; para ter o título, médicos terão de cursar um ano extra; dos 350 mil profissionais do País, 48% são especialistas


Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
Na ala destinada aos doentes terminais no Hospital de Apoio de Brasília, os quartos têm nomes de pássaros e flores. Não há placas para indicar que os pacientes ali têm doenças incuráveis. Tampouco há tristeza aparente nos cuidados do que se convencionou chamar de medicina paliativa, que será reconhecida como uma nova especialidade médica.


Andre Dusek/AE
Alívio. Voluntária faz aplicação de reiki em paciente internado na unidade de assistência com cuidados paliativos do Hospital de Apoio do DF, em Brasília
"Há muito a ser feito pelos pacientes nessas condições, acompanhar o doente no final da vida é algo bastante complexo", argumenta a médica Maria Goretti Sales Maciel, primeira presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, uma das defensoras da nova área de atuação reconhecida oficialmente.

Amanhã, o Diário Oficial da União (DOU) publicará resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) com as novas áreas de atuação: medicina paliativa, medicina da dor, medicina do sono e medicina tropical. Serão como subespecialidades, abertas a médicos especialistas em outras áreas mediante um ano extra de formação.

Acréscimo. Atualmente, o conselho reconhece um total de 53 especialidades e outras 53 áreas de atuação. "A gente entende que médico precisa ser médico antes de ser especialista, as especialidades são um acréscimo", responde o cirurgião plástico e diretor do CFM Antonio Pinheiro, integrante da comissão que analisa os pedidos de novas especialidades.

O País tem cerca de 350 mil médicos e quase metade deles (48%) é especialista em alguma coisa, diz Pinheiro. "A nossa graduação é frágil e algumas especialidades requerem três, cinco anos extras de estudos", explica o diretor do Conselho Federal de Medicina.

As novas subespecialidades serão reconhecidas ao mesmo tempo pelo conselho, pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica. Por determinação do convênio entre as três entidades, cada médico só poderá se apresentar como especialista em duas áreas de atuação. Cada uma delas exige, como pré-requisito, outro tipo de especialidade.

O reconhecimento da medicina paliativa acontece menos de um ano depois de a Justiça reconhecer a prática da ortotanásia, a suspensão do tratamento para prolongar a vida de pacientes em fase terminal de doenças incuráveis, desde que autorizada pelo próprio paciente ou seu responsável. Mas o pedido de reconhecimento da área de atuação é mais antigo, de acordo com Maria Goretti Sales Maciel. A cada ano, estima-se que 650 mil pessoas no País precisam recorrer a cuidados paliativos.

Estudo da Dor. A clientela potencial da área de atuação da medicina da dor seria muito maior, segundo cálculo do médico Nilton Barros, ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor: "Cerca de 60 milhões de brasileiros sofrem de dores crônicas", calcula o especialista.

A área foi ampliada e está aberta como superqualificação a especialistas em acupuntura, anestesiologia, neurocirurgia, neurologia, ortopedia e reumatologia.

Dor crônica é aquela que ultrapassa o período de três meses. "A dor é ainda pouco valorizada entre os profissionais da saúde, mas deveria ser considerada como o quinto sinal vital, ao lado do pulso, pressão, respiração e temperatura", avalia Barros.

Especialistas em medicina do sono terão como pré-requisito a especialização em neurologia, otorrinolaringologia, pneumologia e psiquiatria.

A medicina tropical, outra nova área de atuação, exigirá especialidade em infectologia. O estudo de doenças dos trópicos já teve grande destaque entre os médicos no passado, mas acabou absorvida pela infectologia.

"A intenção é proporcionar um ano extra de formação em doenças como malárias, hanseníase, febre amarela e a dengue, que precisam de um olhar especial", defende Juvêncio Duailib, chefe do Setor de Infectologia do Hospital de Heliópolis (SP) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

"Serão tropicalistas, mesmo sem terem sido baianos ou tocado violão", disse o médico, sobre a denominação para os especialistas em medicina tropical. Ele lembra que antes do movimento tropicalista, que movimentou a cultura do País no final dos anos 60, o termo "tropicalista" já era usado pelos médicos.

Brasil lança o maior programa de Bolsas

Ciência sem fronteira é o maior programa de treinamento de estudantes e pesquisadores brasileiros no exterior. Serão R$3,4 bilhões até 2014 para 75 mil bolsas
http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/

Inovação no Brasil


terça-feira, 26 de julho de 2011

Brasil lanca i maior programa de bolsas para inovar e transformar


Governo lança programa que oferecerá 100 mil bolsas a cientistas


Programa ‘Ciência Sem Fronteiras’ foi apresentado nesta terça, em Brasília.
Intenção é promover avanço da ciência e tecnologia no país.

Débora SantosDo G1, em Brasília
Conselhão (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma participa de reunião do Conselhão com
ministros (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou nesta terça-feira (25) o programa “Ciência Sem Fronteiras” que vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A intenção é promover o avanço da ciência, tecnologia e competitividade do Brasil.
O anúncio foi feito durante a 38ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff e de ministros da área econômica do governo.
Pelo programa, que é uma parceria entre os ministérios da Ciência e Tecnologia e Educação, o governo federal vai oferecer 75 mil bolsas de estudos. As outras 25 mil são resultado de uma parceria com a iniciativa privada. As áreas prioritárias para o programa são engenharias, ciências exatas (matemática, física, química), computação, produção agrícola, tecnologia aeroespacial, petróleo gás e demais áreas tecnológicas.
Mercadante fez questão de afirmar que a “autoria intelectual” do programa é da presidente Dilma Rousseff e afirmou que ainda é necessário um diagnóstico aprofundado sobre a dificuldade do Brasil em produzir patentes.
Um dos problemas apontados pelo ministro é o baixo investimento da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com o ministro, dois terços das patentes registradas no mundo são feitas por empresas. Enquanto no Brasil, dois terços das patentes do país têm origem nas universidades públicas.
“É evidente que há descompasso entre a evolução científica e a nossa capacidade de transformar isso em patentes”, afirmou Mercadante.
Segundo o ministro, o programa contempla todas as regiões e todos os estados do Brasil e tem público-alvo é de 53,2 mil alunos que poderão ser selecionados. “O critério é mérito e mérito não é QI, quem indica. O método é o desempenho que o aluno teve em critérios objetivos e republicanos”, disse.
O programa dividiu a oferta das 75 mil bolsas pelo nível de formação acadêmica. Serão 27,1 mil bolsas para alunos de graduação, 24,5 mil para doutorado de um ano, 9,7 mil para doutorado integral e 2,6 mil para pós-doutorado. Outras 700 bolsas vão beneficiar o treinamento de especialistas, 860 serão para jovens cientistas e grandes talentos e 390 serão dedicadas a pesquisadores visitantes no Brasil.
As bolsas serão oferecidas em mais de 200 universidades fora do Brasil nas áreas de ciências da saúde, ciências da vida e engenharia e tecnologia.
 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

rede de pesquisa em agricultura aprova U$ 1 bilhão para pesquisa- Nature


Agriculture network approves $1 billion research programmes - July 22, 2011

One of the world’s major agricultural research networks, the Consultative Group on International Agricultural Research (CGIAR), has announced progress in a multi-year effort to bump up its funding and overhaul its organization and aims.

CGIAR, which involves 15 global research centres and supports some 8,000 scientists and staff, said yesterday that its donors had given approval for six more research programmes worth around $957 million over three years, adding to the five already approved late last year and in April. (Another four are waiting for approval - full list here).

The point of having these 15 programmes is to cut out problems of research overlap between centres, create a clear mission and refocus research on the questions and problems donors want tackled. Unsurprisingly, there’s been a lot of argument to get to this stage (see ‘Future funding for agricultural research uncertain’) after the general outline for reform was voted through in December 2009.

Three of the new programmes (in wheat; meat, milk & fish; and roots, tubers & bananas) join a list of seven that generally aim to make crops more productive and sustainable. The others relate to policies institutions and markets; agriculture for improved nutrition and health; and aquatic agriculture systems.

Around half the funding, or $477.5 million, will come from the newly-created CGIAR Fund, a central pot set up to get donors to make general, unrestricted pledges. (The other half comes from funding that is still aimed at particular programmes or individual research centres, or from private industry partnerships).

With donors taking the plunge, CGIAR is hopeful that its combined annual budget, around $670 million last year, will hit the $1 billion mark in a few years time.

Posted by Richard Van Noorden on July 22, 2011
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

mais médicos. Governo acha que precisamos mais médicos


1. Governo faz plano para País ter mais médicos
 
Plano prevê abertura de 2,5 mil vagas de Medicina para reduzir desigualdade.

Ministérios da Saúde e da Educação finalizam um plano nacional de educação médica que terá, entre seus objetivos, a meta de aumentar o número de médicos por habitantes no País e tornar mais rígido o processo de abertura de novas vagas em cursos de Medicina.

Estudos das duas pastas indicam a necessidade de criação de 2,5 mil vagas, prioritariamente em instituições públicas. Hoje, o Brasil tem 1,8 médico para cada mil habitantes. A ideia do plano é chegar, gradualmente, a pelo menos 2,5 médicos para cada mil pessoas até 2030. Para que isso aconteça, os dois ministérios traçaram um raio X da formação médica no Brasil para identificar as áreas com maior carência. Assim, pretendem expandir a abertura de vagas em cursos de Medicina nas regiões mais deficitárias.

Atualmente, o Brasil forma 16,5 mil novos médicos por ano em 183 escolas. A proposta que está em discussão é elevar esse número para 19 mil/ano. As últimas autorizações para abertura de vagas de Medicina foram concedidas no início de 2010 pelo Ministério da Educação (MEC) a duas instituições públicas. Hoje existem 45 processos parados no Conselho Nacional de Educação (CNE). O conselho aguarda a publicação da portaria interministerial que vai definir as novas regras para dar andamento aos pedidos.

Plano maior - É a primeira vez que os dois ministérios juntam esforços para fazer estudos para identificar a necessidade de profissionais e discutir a qualidade da formação médica. A proposta foi oficialmente apresentada no início do mês aos conselhos nacionais de Educação e Saúde. "Esse plano faz parte de um projeto maior, que envolve toda a formação na área de saúde, incluindo odontologia, enfermagem, fisioterapia e terapia ocupacional", diz Milton de Arruda Martins, secretário de gestão do trabalho e educação em saúde do Ministério da Saúde.

Para chegar ao diagnóstico da falta de médicos por região, o governo dividiu o número de profissionais ativos pela população de cada estado. Essa conta apontou a cifra de 1,8 médico por mil habitantes. "Mas países que são considerados modelo em atenção à saúde possuem pelo menos 2,5 médicos por mil. E é com esse horizonte que estamos trabalhando", afirma Martins, que reforça que não se sabe se esse número é realmente o ideal.

Disparidades - O levantamento mostra o déficit de médicos nas Regiões Norte e Nordeste - que agora viram foco do governo. O estado do Maranhão possui a situação mais crítica: 0,6 médico para cada mil habitantes. Na contramão estão o Rio de Janeiro e o Distrito Federal, com 3,5 médicos por mil habitantes - número acima da média ideal. São Paulo está exatamente na média que o Brasil quer atingir: 2,5 médicos por mil.

Agora os ministérios estão cruzando o número de vagas de Medicina que cada estado oferece por ano. O cálculo para fazer a projeção sobre a abertura de novas vagas ainda leva em consideração o envelhecimento dos médicos na ativa e a quantidade de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis. "A questão mais urgente é resolver as disparidades regionais. Isso vai ajudar o MEC a saber quais estados serão priorizados na abertura de novas vagas de Medicina", diz Martins. Ele exemplifica a situação com o Maranhão, que tem 181 vagas em 3 cursos. "São números insuficientes para suprir a demanda de médicos", afirma. O Rio, por sua vez, oferece 2.516 vagas por ano em 18 escolas. "Não há motivos para abrirmos novas vagas nesse local", afirma Martins.

Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), não faltam médicos no País - o problema é a distribuição deles. O órgão é contra a expansão de vagas. "E isso só pode ser corrigido erradicando as causas, como a falta de condições adequadas de trabalho, de centros de referência e de uma carreira de Estado que estimule o médico, até mesmo os mais experientes", diz o vice-presidente Carlos Vital. Segundo ele, o CFM só é a favor da criação de novas vagas se elas substituírem as que já existem em escolas ruins.

Martins, do ministério, diz que o programa contempla a abertura e o fechamento de vagas ao mesmo tempo. "Fechamos cerca de 800 vagas em dois anos. As exigências estão cada vez mais rigorosas."
(O Estado de São Paulo)

Gregor Mendel - Google



Introdução 
Gregor Mendel nasceu em 20 de julho de 1822, num pequeno povoado chamado Heinzendorf, na atual Áustria. Ele foi batizado com o nome de Johann Mendel, mudando o nome para Gregor após ingressar para a ordem religiosa dos agostinianos. Foi ordenado sacerdote no ano de 1847. 

Biografia e estudos científicos 

Entre os anos de 1851 e 1853 estuda História Natural na Universidade de Viena. Neste curso, adquiri muitos conhecimentos que seriam de extrema importância para o desenvolvimento de suas teorias (leis).

Aproveitou também os conhecimentos adquiridos do pai, que era jardineiro, para começar a fazer pesquisas com árvores frutíferas. Em 1856 já fazia pesquisas com ervilhas, nos jardins do monastério.

Sua teoria principal era a de que as características das plantas (cores, por exemplo) deviam-se a elementos hereditários (atualmente conhecidos como genes). Como passava grande parte do tempo dedicando-se às atividades administrativas do monastério, foi deixando de lado suas pesquisas relacionadas ao estudo da hereditariedade.

Morreu em 6 de janeiro de 1884 sem que tivesse, em vida, seus estudos reconhecidos. Somente no começo do século XX que alguns pesquisadores puderam verificar a importância das descobertas de Mendel para o mundo da genética.
As Leis de Mendel

Primeira Lei: também conhecida com Lei da Segregação, explica que na fase de formação dos gametas, os pares de fatores se segregam.

Segunda Lei: também conhecida como lei da Uniformidade, afirma que as características de um indivíduo não são determinadas pela combinação dos genes dos pais, mas sim pela característica dominante de um dos progenitores (característica dominante).

Segunda Lei: também conhecida como Lei da Recombinação dos Genes, explica que cada uma das características puras de cada de cada variedade (cor, rugosidade da pele, etc) se transmitem para uma segunda geração de maneira independente entre si.
  

brasileiro realmente é o bobo da corte - Correio Braziliense


terça-feira, 12 de julho de 2011

vou morar em Paris , ou Buenos Aires, São Paulo é muito cara


Buenos Aires -159 cidade mais cara no mundo


Paris - 27 cidade mais cara


São Paulo - 10 cidade mais cara do mundo


Luanda, em Angola, é a cidade mais cara do mundo para expatriados pelo segundo ano consecutivo, de acordo com a Pesquisa de Custo de Vida 2011 realizada pela Mercer. Tóquio permanece na segunda posição e N’Djamena, no Chade, em terceiro lugar. Moscou vem a seguir na quarta posição, com Genebra em quinto e Osaka em sexto. Zurique subiu uma posição para a sétima do ranking, enquanto Hong Kong caiu para o nono lugar.

As novas inclusões na lista das 10 cidades mais caras do mundo foram Cingapura (8º), vinda do 11º lugar, e São Paulo (10º), que subiu 11 posições desde o ranking de 2010. Carachi (214º) está classificada como a cidade menos cara do mundo. A pesquisa constatou que Luanda, no topo da lista, supera o custo de Carachi em mais de três vezes. Eventos mundiais recentes, inclusive desastres naturais e revoltas políticas, afetaram os rankings em diversas regiões em função de flutuações cambiais, inflação no custo de mercadorias e serviços e volatilidade nos preços de moradia.

Caindo uma posição em relação ao ano passado, Londres (18º) é a cidade mais cara do Reino Unido, seguida por Aberdeen (144º), Glasgow (148º) e Birmingham (150º). Belfast (178º) está classificada como a cidade menos cara do Reino Unido.

A pesquisa envolve 214 cidades em cinco continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, inclusive moradia, transporte, alimentação, vestuário, utilidades domésticas e entretenimento. É a mais abrangente pesquisa de custo de vida do mundo, desenvolvida para auxiliar empresas multinacionais e governos a definirem os subsídios aos seus funcionários expatriados. A cidade de Nova York é usada como base e serve de comparação para todas as outras. Os movimentos cambiais são medidos em relação ao dólar americano. O custo de moradia – em geral a maior despesa dos expatriados – representa papel importante na classificação da cidade.

Segundo Nathalie Constantin-Métral, pesquisadora sênior da Mercer e responsável pela compilação anual do ranking, “as empresas multinacionais perceberam há muito tempo a vantagem competitiva de uma força de trabalho de mobilidade global, embora o desafio permanente seja equilibrar os custos de seus programas de expatriados. Flutuações cambiais, inflação, instabilidade política e desastres naturais são fatores que influenciam o custo de vida para os expatriados. É essencial que os empregadores entendam o impacto desses fatores para conter gastos e assegurar a retenção de funcionários qualificados com ofertas de pacotes de remuneração competitivos”.

“Durante o período de coleta de dados para a pesquisa deste ano, o mundo presenciou um incrível número de desastres naturais e revoltas políticas que de alguma forma abalaram a vida de empregados expatriados. As flutuações cambiais resultantes destes eventos e o impacto da inflação em mercadorias e serviços – em especial no combustível – causaram certa reorganização do ranking," acrescentou Constantin-Métral. “Em geral, o custo de vida nas cidades europeias permaneceu relativamente estável, enquanto na África o quadro é desigual em virtude da disponibilidade limitada de acomodação, o que causa aumento no custo de vida em algumas das principais cidades.”

“Na América do Norte, o aumento no preço do combustível continua contribuindo para a elevação dos preços ao consumidor, porém muitas de suas cidades estão caindo no ranking à medida que os aumentos de preço em outras regiões têm sido mais drásticos, colocando as cidades dos Estados Unidos e do Canadá em posições mais baixas da lista. As cidades australianas vivenciaram os aumentos mais significativos no ranking com o fortalecimento do dólar australiano frente ao americano.”

Europa, Médio Oriente e África

Apenas três cidades europeias permanecem na lista das 10 cidades mais caras. Moscou (4º lugar) é ainda a mais cara da Europa na lista, seguida por Genebra (5º) e Zurique (7º). Oslo (15º) caiu quatro posições desde o ano passado, enquanto Berna (16º) subiu seis posições e Copenhague caiu sete, indo do 10º para o 17º lugar. Londres (18º) é seguida por Milão (25º) e Paris (27º), ambas 10 posições abaixo comparadas ao ano passado. São Petersburgo está em 29º, seguida por Roma (34º) e Viena (36º). Subindo da 76ª posição em 2010, para a 39ª neste ano, Estocolmo vivenciou uma das mais dramáticas mudanças na região – principalmente em função do considerável fortalecimento da moeda local frente ao dólar americano.

“Na maioria das cidades da Europa Ocidental, o custo de vida para expatriados permaneceu relativamente estável nos últimos 12 meses”, afirmou Constantin-Métral . “Porém, muitas das cidades da região ainda caíram no ranking. Isso ocorreu em grande parte porque outras cidades ficaram mais caras, e assim as ultrapassaram. Algumas reduções no custo de moradia em virtude da recessão econômica também estão por trás das mudanças nos rankings de algumas cidades europeias – em particular Atenas e Barcelona.”

Na posição 24, Tel Aviv caiu cinco posições em relação ao ranking de 2010, mas continua a ser a cidade mais cara do Oriente Médio. Abu Dhabi (67º), Dubai (81º) e Amã (103º) vêm em seguida, caindo 17, 26 e 20 posições, respectivamente. "A tendência de queda nos custos de moradia continua na região do Oriente Médio, puxando as cidades para baixo no ranking juntamente com o custo de vida para expatriados. Dubai, em particular, está vivendo uma drástica redução nos custos de acomodação à medida que a oferta de propriedades continua inundando o mercado de locações,” afirmou Constantin-Métral.

Luanda (1º) continua sendo a cidade mais cara para expatriados na África e no mundo, e N'Djamena segue em terceiro lugar. Libreville (12º) caiu cinco posições desde o ano passado. Niamei permanece na posição 23, enquanto Victória (25º) nas Seychelles caiu 12 posições com o enfraquecimento da rúpia da região em relação ao dólar americano. Na África do Sul, Joanesburgo (131º) e a Cidade do Cabo (158º) subiram, respectivamente, 20 e 13 posições no ranking, refletindo o fortalecimento da moeda sul-africana (rand). As cidades menos caras na região são Tunísia (207º) e Adis Abeba (211º).

Segundo Constantin-Métral, “encontrar moradia boa e segura para empregados expatriados é um verdadeiro desafio na maioria das cidades africanas da lista, e os custos podem ser significativos comparados aos de outras regiões. Nos últimos 12 meses, os preços das moradias atingiram níveis recordes em cidades como Luanda e, em geral, essa é a principal razão pela qual encontramos tantas cidades africanas no topo do ranking”.

As Américas

Subindo 11 e 17 posições no ranking, respectivamente, São Paulo (10º) e Rio de Janeiro (12º) são no momento os locais mais caros para expatriados em todo o continente Americano. Na América do Sul, Brasília (33º) é a terceira cidade mais cara, subindo 37 posições desde o ano passado. A inflação alta sobre mercadorias e serviços fez com que Caracas, na Venezuela, também subisse no ranking, da posição 100 em 2010 para a posição 51. La Paz (212º), na Bolívia, e Manágua (213ª), na Nicarágua, são as cidades mais baratas na América do Sul.

“As pressões inflacionárias continuam a causar o impacto mais forte no custo de mercadorias e serviços na Argentina e na Venezuela, fazendo com que suas cidades subissem no ranking. Em geral, as taxas de câmbio na América do Sul permanecem relativamente estáveis, com exceção do real brasileiro, que teve significativo fortalecimento diante do dólar americano, e por isso as cidades brasileiras subiram no ranking”, afirmou Constantin-Métral.

Na posição 32, Nova York é a cidade mais cara nos Estados Unidos. Los Angeles (77º) e Chicago (108º) caíram significativamente no ranking (22 e 17 posições, respectivamente), pois os aumentos de preço sobre mercadorias e serviços estiveram moderados em comparação aos de Nova York. Washington, todavia, também na classificação 108, subiu três posições, em função do aumento expressivo do preço dos aluguéis. Segundo Constantin-Métral, “de forma geral, os preços dos aluguéis tiveram pequena elevação na maioria das cidades dos Estados Unidos, uma vez que a economia e a demanda por habitação estão se recuperando das recentes crises”

Portland (186º) e Winston-Salem (197º) são as cidades mais baratas nos Estados Unidos. Dez posições acima em relação a 2010, Vancouver (65º) continua sendo a cidade mais cara do Canadá, seguida por Montreal (79º) e Calgary (96º). Na posição 114, Ottawa é a cidade mais barata do Canadá.
Ásia Pacífico

Cidades australianas presenciaram os mais consideráveis saltos no ranking, uma vez que a moeda local teve valorização de quase 14% em relação ao dólar americano. Sidney (14º) subiu dez posições em relação a 2010, Melbourne passou de 33 para 21, e Perth subiu 30 posições, ocupando agora o 30º lugar. Com 44 posições acima em relação a 2010, Adelaide (46º) é a cidade que mais subiu no país. “Além do fortalecimento da moeda, um dramático aumento nos preços de aluguéis também causou a elevação das cidades australianas no ranking, especialmente Adelaide, onde a oferta é muito baixa”, informou Constantin-Métral.

A cidade mais cara da Ásia é Tóquio (2º), seguida por Osaka (6º). Cingapura (8º) foi incluída na lista das 10 mais caras do mundo, sendo seguida por Hong Kong (9ª). Nagoya (11º) no Japão subiu oito posições, enquanto Seul (19º) caiu cinco. Outras cidades asiáticas em posições altas são Pequim (20º), Xangai (21º), Guangzhou (38º), Shenzhen (43º) e Taipei (52º). Segundo Constantin-Métral, “a maioria das cidades asiáticas subiu no ranking, pois a disponibilidade de moradia para expatriados é limitada e a demanda é alta.”

Nova Deli (85º) é a cidade mais cara da Índia, seguida por Mumbai (95º) e Bangalore (180º). Entre outras cidades na Ásia, Jacarta ficou com a posição 69, Hanói 136, Bangcoc 88 e Kuala Lumpur 104. Carachi (214º) é a cidade mais barata da região.


Relatórios individuais sobre custo de vida e custo de aluguel são produzidos para cada uma das cidades pesquisadas. Informações adicionais podem ser obtidas com Renata Herrera, tel.: (11) 3048-4404, e-mail: r...@mercer.com, ou pelo site www.mercer.com/costofliving

sábado, 9 de julho de 2011

6,5 é a inflação prevista para este ano - Defenda-se da especulação

Todo brasileiro sabe que inflação é o que de pior pode acontecer agora. Ela atinge a todos, em especial as camadas de baixa renda que começam a melhorar de vida. O governo faz o que pode para limitar uma escalada da inflação, cortando gastos. O Banco Central aumenta juros SELIC.

Mas essa luta é de todos

Algumas dicas para você defender seu dinheiro.

Combustíveis-
Há variação de preço nos postos- Abasteça nos mais baratos, essa atitude força os demais a baixar de preço. Em Salvador poços com bandeira "Menor Preço" tem combustível de qualidade e realmente tem menor preço

Serviços -
pesquise preços e negocie sempre . Ex Corte de cabelo. Em salvador os preços tem grande variação. Em Shoppings o corte de cabelo masculino é R$ 30,00, mas em salões fora de Shoppings esse preço cai para R$20,00 ou menos.

Taxi,
Pode pedir desconto A margem de lucro dos taxis é grande pois a maioria usa gás, e para 10 km rodado já é suficiente para eles pagarem 150 km de corrida. Os preços de Taxis em Salvador estão acima do preço nacional e Internacional

Compras em geral-
Compre pela internet e por sites de compras coletivas. Se for para lojas faça pesquisas na internet antes, pois aí você vai para a loja sabendo o preço do produto e pode negociar.

Compre a vista ou em 2 ou 3 vezes. Primeiro você diz que vai pagar a vista, e assim você tem noção do preço real, depois você negocia para pagar em 2 ou 3X. Para eletrodomésticos um boa loja para negociar e comprar em Salvador é a FAST.

NÃO SE ILUDA EM 10 OU 12 X TEM JUROS SIM. AS LOJAS GANHAM COM OS JUROS

Supermercado.
Sempre há promoções. compre o que está em promoção, frutas da época. No momento a carne suína está com preços muito bons.


Por fim adie suas compras e não compre por impulso. Poupe

Dicas para poupar

Que tal aprender a poupar?

Quando alguém lhe fala em poupar, você logo pensa: "como, se não sobra nada no fim do mês?" Realmente, poupar não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Mas você não deve desistir diante do primeiro obstáculo, que pode sim ser superado.
Para se transformar em um poupador, você precisa estar preparado para uma mudança drástica na forma como se relaciona com o dinheiro. Poupar não é algo natural, instintivo. Você precisa aprender a fazer: exige certo esforço, mas vale muito a pena!
Como estarei daqui a alguns anos?
Infelizmente muitas pessoas só entendem a necessidade da mudança quando o problema já tomou proporções maiores. Em outras palavras, quando perdem o emprego ou se atolam em dívidas. Mesmo que sua situação não seja tão desesperadora, é preciso muito empenho para ser bem-sucedido na tarefa de poupar.
Reflita sobre o seguinte: se você não mudar a forma como administra o seu dinheiro, onde estará daqui a alguns anos? É bem provável que, ao fazer esta reflexão, você se conscientize que, se não fizer nada, não terá a aposentadoria dos seus sonhos. Talvez seja este o incentivo que falta para que você se convença da necessidade de se transformar em um poupador.
Nossa intenção, ao orientá-lo, não é transformá-lo em um "pão duro". O ideal é que você procure o equilíbrio. Isto é, adie alguns sonhos, mas realize outros no meio do caminho, para que não acabe desanimando.
Analisando a "relação"
Para se transformar em um poupador bem-sucedido, você precisa ter certeza de que seu esforço será compensado. Nada melhor para isso do que pensar nos seus objetivos e metas. O que, exatamente, você gostaria de alcançar? É importante que esta meta reflita os seus valores e necessidades, e não apenas desejos desenfreados de consumo.
Feito isso, é hora de "analisar" a sua relação com o dinheiro. Você sabe para onde ele está indo? Você está usando o valor de forma produtiva? Quais os fatores que levam você a gastar?
Escreva em um caderno tudo aquilo que gastou e o porquê desta decisão. É bastante provável que você consiga estabelecer uma relação emocional para os seus gastos, ou seja, é possível que você constate que gasta mais quando está triste, quando está estressado etc.
Crie o hábito de poupar
A maioria das pessoas gasta sem pensar, ou seja, consome por impulso. Por que não fazer o mesmo com a sua poupança? Como? Simples, imagine que você financiou seu carro, e agora, após longas 36 prestações, acabou de quitá-lo.
Será que não vale a pena investir o dinheiro que antes estava sendo gasto com o pagamento da prestação? Afinal, você já havia acomodado o seu orçamento para esta saída e, a menos que tenha uso melhor para o dinheiro, esta pode ser uma forma interessante de começar a poupar. Experimente!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Os amadores na Economia - Brasil no NYT

Brazil’s Giddy Convergence

By ROGER COHEN
Published: July 4, 2011
 
RIO DE JANEIRO, BRAZIL — Tom Jobim is famous for having written “Girl from Ipanema,” the sensuous, playful anthem of a sensuous, playful land. He’s almost equally famous for having said, “Brazil is not for amateurs.”

I lived a quarter-century ago in that Brazil where if you didn’t have the “jeitinho,” or insider’s knack for circumventing rules, you were toast. It was a Brazil of hyperinflation and runaway violence that mocked the words on the national flag: “Order and Progress.” I went down to the city morgue one day, researching a story about poor kids who “surfed” the tops of trains for kicks, and an official idly lifted the lid of a garbage can in which a young man’s body was twisted like a corkscrew. I asked what had happened. He said he’d been murdered by fellow inmates at a prison and stuffed in there.

No, Brazil was not for amateurs.

Today, in the Brazil of the “Ms. Continuity” leader, President Dilma Rousseff, I’m not so sure. Certainly a lot of people suddenly fancy themselves as Brazil pros.

They’re piling in. They want a piece of the action in the big South American nation that posted 7.5 percent growth last year. Oil discoveries, a commodities boom, sound economic management, political stability, the World Cup in 2014 and the Olympics in 2016 have combined to produce a Brazil fever that feels a touch heady to me.

In Leblon, the area adjacent to Ipanema where I used to live, apartment prices have quadrupled in a year. Sotheby’s International Realty is expecting a quadrupling of real estate sales this year, according to O Globo newspaper. The big price hikes reflect growing interest among foreigners, especially Europeans and Chinese who see opportunity ahead of the two big sporting events.

Take your pick of the head-turning figures. There were 12 new Brazilian billionaires on this year’s Forbes list of the world’s wealthiest people. Foreign direct investment has grown at a compound rate of 26 percent over the past five years and reached close to $48.5 billion in 2010. Consumer credit is taking off. In a land where loans were long hard to get, the net stock of credit increased 21 percent in the past year. Streets are clogged with cars, restaurants full.

A bubble in the making? It’s possible. But Brazilian banks have generally proved prudent, and macroeconomic policies now have a steady track record over three presidencies, one that has contrived to ease the worst extremes of poverty while satisfying international investors eager to put capital behind Brazil’s rapid emergence.

A new buzzword in economic circles is “convergence,” the process by which the developing economies in which five billion people live (194 million of them in Brazil) are closing the gap on developed economies more than 150 years after the Industrial Revolution first opened the gulf. To arrive in Brazil these days from the United States or Europe is to feel the world turned on its head.

Breathless optimism replaces economic gloom. A new $22 billion high-speed train will link Rio and São Paulo. People believe their kids are going to live better than they do. Brazilians talk to the Indians and to the Chinese about investments; they feel the old powers are becoming marginal to the 21st century. China alone has invested $37.1 billion in Brazil since 2003, mainly in mining and oil.

What you think of convergence depends on where you sit. I’d say it’s a good thing — a lot of people are going to live a lot better before too long — but also very disruptive. Brazilians and Indians and Chinese and Indonesians and South Africans do better in part because, thanks to technology, they can do what were once U.S. or European jobs just as efficiently. Their gain is linked in some measure to American and European pain.

I talked here to an executive of a major international cement company who said it had just divested interests in Portugal in order to make investments of over $1 billion in Brazil. Extrapolate from that trend and you see the developed world’s huge economic challenge. Convergence will also place huge strains on the environment and resources — hence those Chinese investments in oil and iron ore.

For now, emergent powers and the developed nations talk more past each other than to each other. Institutions lag a changed world just as the infrastructure of these emergent powers lags the speed at which millions of people are joining the market. Indeed, lack of adequate infrastructure and lack of education are two of the main brakes on countries like Brazil.

I’m bullish on Brazil, but some of the new “pros” are going to get burned. Brazil remains a country of violent inequality. A few days ago a French tourist, Charles Damien Pierson, fell off the tram in Rio at the Lapa viaduct, slipped between a badly installed fence and the bridge, and tumbled to his death. Before the police got there, his wallet was stolen by kids.

Convergence will continue — and in time separate the real pros from the amateurs in the new global economy.

Muitos zeros - Já pensou se exames como OAB fosse exigido também para Medicina

Lista dos aprovados
http://estaticog1.globo.com/2011/07/04/ResultadoDefinitivo2fase.pdf



Ophir condenou cursos que promovem um real estelionato educacional contra estudantes.

OAB requer que cursos com aprovação zero fiquem sob supervisão do MEC

Oitenta e uma das 610 faculdades brasileiras que submeteram estudantes de Direito à última edição do Exame de Ordem não tiveram nenhum candidato aprovado. Diante dessa grave estatística, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, decidiu hoje (04) enviar ofício ao ministro da Educação, Fernando Haddad, para requerer que tais faculdades sejam colocadas em regime de supervisão por parte do MEC.

As instituições de ensino submetidas a este regime pelo MEC tem seus índices de aprovação em exames de proficiência acompanhados de perto pelo MEC e devem cumprir algumas metas estabelecidas pelo Ministério, sob pena de serem penalizadas com redução de vagas, suspensão de cursos e, em casos extremos, fechamento do curso.

Ao tomar tal atitude, o presidente nacional da OAB lembrou que a advocacia e a sociedade brasileira tem sofrido com a existência de instituições de ensino que continuam a cometer um verdadeiro estelionato educacional com os jovens que, com sacrifício, freqüentam e pagam um curso de Direito confiando que um dia terão o conhecimento necessário para se tornarem advogados. "Quando termina o curso e se submete ao Exame de Ordem ou a um concurso, o candidato é reprovado. Ou seja, no final, ele verifica que tem um diploma na mão, mas que nada vale em termos de formação", explica Ophir ao comentar a estatística dos cursos com aprovação zero na última edição do exame.

Ophir Cavalcante lembrou que a OAB tem criticado com veemência esse tipo de instituição de ensino porque o país necessita de advogadas preparados à altura da missão que os aguardam. "O descompasso entre a qualidade do ensino contribui para desmerecimento das profissões jurídicas como um todo", afirmou o presidente da OAB, ao deixar claro: "não somos contra o ensino; somos contra o mau ensino jurídico".

segunda-feira, 4 de julho de 2011

os preços no Brasil estão fora da realidade internacional - do taxi, combustivel ao Big Mac



veja Grafico paises x preço do Big Mac

O problema não é a lei..


Entrou em vigor nesta segunda-feira (4) a Lei 12.403, de 2001, a nova Lei da Prisão Preventiva. Ela promove um conjunto de alterações no Código de Processo Penal que torna possível a concessão de liberdade a milhares de presos à espera de julgamento – réus primários por crimes leves, puníveis com menos de quatro anos de reclusão. A ideia de que um grande contingente de detidos poderá ser solto causa a sensação de impunidade em boa parte das pessoas. Não é o que dizem os especialistas, segundo o site Última Instância.

Estimativas apontam entre 50 mil e 200 mil o número de presos provisórios que podem ser libertados com a nova lei, que restringe os casos em que o juiz pode decretar prisões temporárias e a aumenta o leque de medidas cautelares à disposição como alternativa ao encarceramento. “Oitenta mil vão sair da prisão, sim, mas estaremos tirando do sistema carcerário um contingente que não deveria estar lá”, disse o advogado Pierpaolo Bottini, durante debate promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Como manda a Constituição, a prisão se torna a exceção. Afinal, não se pode falar que criminosos serão soltos, já que ainda não foram julgados e não são, portanto, autores de crimes. São suspeitos. Espera-se, assim, evitar que pessoas que sejam suspeitas de terem cometido delitos leves acabem presas com criminosos já condenados. A nova lei prioriza o que já deveria ser regra: investigar para, depois, prender, como afirma o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, à Agência Brasil.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a lei veio a corrigir uma generalização da prisão preventiva. Ele ressalta que hoje, em vez de se apurar primeiro para, depois, prender, já com culpa formada, passou-se para um “campo de justiçamento”, em que se prende de forma generalizada. “Daí a superlotação das penitenciárias e das cadeias públicas”, diz o ministro.
Ele também acredita que a nova lei ajudará a evitar que inocentes fiquem presos indevidamente. “Liberdade não é algo que é passível de devolução. Se houve uma prisão indevida, vamos responsabilizar o Estado?”, pergunta o ministro.

Porém, a nova lei também traz alguns problemas. Não pela lei em sim, mas, como sempre, pela impossibilidade de cumprir alguns pontos. A prisão deve ser substituída por alternativas como a liberdade com monitoramento eletrônico e a prisão domiciliar vigiada. Porém, muitos Estados não têm as pulseiras ou tornozeleiras de monitoramento, e, certamente, não haverá policiais suficientes para ficar de guarda diante das residências dos réus.

Liuca Yonaha

sábado, 2 de julho de 2011

Continuação do caso DSK - novas revelações


Conversa ao telefone com traficante, depósitos bancários e mentira sobre motivo para imigração desqualificaram a acusação de atentado sexual. No entanto não há até o momento nenhuma explicação para o achado de DNA do acusado na roupa da camareira (essa prova tão fundamental para a acusação foi fabricada de propósito??)

Veja na íntegra a reportagem do NYT

Strauss-Kahn Accuser’s Call Alarmed Prosecutors



Hiroko Masuike/The New York Times
The Sofitel New York, where the hotel housekeeper said she was assaulted.
Investigators with the Manhattan district attorney’s office learned the call had been recorded and had it translated from a “unique dialect of Fulani,” a language from the woman’s native country, Guinea, according to a well-placed law enforcement official.
When the conversation was translated — a job completed only this Wednesday — investigators were alarmed: “She says words to the effect of, ‘Don’t worry, this guy has a lot of money. I know what I’m doing,’ ” the official said.
It was another ground-shifting revelation in a continuing series of troubling statements, fabrications and associations that unraveled the case and upended prosecutors’ view of the woman. Once, in the hours after she said she was attacked on May 14, she’d been a “very pious, devout Muslim woman, shattered by this experience,” the official said — a seemingly ideal witness.
Little by little, her credibility as a witness crumbled — she had lied about her immigration, about being gang raped in Guinea, about her experiences in her homeland and about her finances, according to two law enforcement officials. She had been linked to people suspected of crimes. She changed her account of what she did immediately after the encounter with Mr. Strauss-Kahn. Sit-downs with prosecutors became tense, even angry. Initially composed, she later collapsed in tears and got down on the floor during questioning. She became unavailable to investigators from the district attorney’s office for days at a time. Now the phone call raised yet another problem: it seemed as if she hoped to profit from whatever occurred in Suite 2806.
The story of the woman’s six-week journey from seemingly credible victim, in the eyes of prosecutors, to a deeply unreliable witness, is drawn from interviews with law enforcement officials, statements from the woman’s lawyer and a letter from prosecutors to Mr. Strauss-Kahn’s defense team released in court on Friday. Some of the events were confirmed by both law enforcement officials and the women’s lawyer; others rely solely on law enforcement officials. In the end, it was the prosecutors’ assessment of the housekeeper’s credibility that led them to downgrade their confidence in the case and agree on Friday that Mr. Strauss-Kahn could be freed from house arrest. 
In the beginning, her relationship with prosecutors was strong. Her account seemed solid. Over time, the well-placed official said, they discovered that she was capable of telling multiple, inconsistent versions of what appeared to be important episodes in her life. After the encounter with Mr. Strauss-Kahn, she asked her supervisor at Sofitel, “Can any guest at the hotel do anything they want with us?” her lawyer, Kenneth P. Thompson, said during a sidewalk press conference on Friday defending her.
The supervisor called security, and officers, finding semen on the floor and wall, called the police, setting off the quick chain of events that led to police officers escorting Mr. Strauss-Kahn off an Air France plane set to depart Kennedy International Airport.
Suspicions of the woman’s associations arose relatively quickly: within a week of Mr. Strauss-Kahn’s arrest, the authorities learned of a recorded conversation between the subject of a drug investigation and another man, who said his companion was the woman involved in the Strauss-Kahn matter, according to another law enforcement official.
Prosecutors and investigators interviewed the woman at length.Her immigration history was a focus. At first, she told them what she told immigration officials seven years ago in her accounts of how she fled Guinea and her application for asylum on Dec. 30, 2004. She described soldiers destroying the home where she lived with her husband, and said they were both beaten because of their opposition to the regime. She said her husband died in jail
From Mr. Strauss-Kahn’s first court appearance on May 16, Mr. Vance’s office expressed extreme confidence in its case. At that hearing, an assistant district attorney said, “The victim provided very powerful details consistent with violent sexual assault committed by the defendant.”



Michael Kirby Smith for The New York Times
DISTRICT ATTORNEY Cyrus R. Vance Jr.: “Our office's commitment is to the truth and the facts.” More Photos »
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The case has the potential to affect Mr. Vance’s political fortunes. Outside the courthouse on Friday, he stressed that his office did what it was required to do.
“We believe we have done nothing but to support her,” Mr. Vance said. “Our duty is to do what is right in every case. Our office’s commitment is to the truth and the facts.”
Mr. Strauss-Kahn will now be able to move about the country freely. (He had dinner Friday night at Scalinatella, an upscale restaurant on the Upper East Side.) Although prosecutors will retain his passport, most of his restrictive bail conditions have been lifted. Under those rules, he was required to stay in a Lower Manhattan town house under armed guard and to wear an ankle monitor. He could leave only for certain reasons and had to notify prosecutors when he did.
Benjamin Brafman, a lawyer who has represented Mr. Strauss-Kahn along with William W. Taylor III, said: “I want to commend Cy Vance for doing what is appropriate, for doing what I think took some great courage and personal integrity, to stand up and say this case is not what we thought it was. We are absolutely convinced that while today is a first giant step in the right direction, the next step will be to make a complete dismissal of the charges.”
The letter from the prosecutors did not include everything their investigators had learned about the woman. According to two law enforcement officials familiar with the prosecutors’ inquiry, the woman had a phone conversation with an incarcerated man within a day of her encounter with Mr. Strauss-Kahn in which she discussed the possible benefits of pursuing the charges against him. The conversation was recorded.
That man, the investigators learned, had been arrested on charges of possessing 400 pounds of marijuana. He is among a number of individuals who made multiple cash deposits, totaling about $100,000, into the woman’s bank account over the last two years. The deposits were made in Arizona, Georgia, New York and Pennsylvania.
The investigators also learned that the woman was paying hundreds of dollars every month in phone charges to five companies. She had insisted she had only one phone and said she knew nothing about the deposits except that they were made by a man she described as her fiancé and his friends.
After his hearing, Mr. Strauss-Kahn emerged from court, smiling at the assembled crowds, the expression brightening with each step. Later, at the town house on Franklin Street where he had been under confinement, a gift arrived of over a dozen red, white and blue balloons, accompanied by an inflatable Statue of Liberty.
A note was attached, according to Sean Hershkowitz, of Balloon Saloon in TriBeCa, that said, “Enjoy your freedom on Independence Day.” He added that he had been by a few weeks earlier with a different delivery: an inflatable shark with a chew toy. That gift, Mr. Hershkowitz said, was refused at the door.